Indicadores do Fórum Econômico Mundial revelam que o Brasil é um dos países que apresenta maior desigualdade em relação ao gênero. A informação foi divulgada através do relatório de Desigualdades de Gênero e mostrou que mesmo que as mulheres cheguem ao mercado de trabalho com igual nível de preparo que os homens, ainda enfrentam barreiras de todo tipo, sendo a mais grave a salarial.
O documento coloca o Brasil no grupo dos países (acompanhado de Japão e Emirados Árabes) que fizeram investimentos importantes na educação das mulheres, mas que não conseguiram remover as barreiras à participação delas na força de trabalho. Por isso, essas nações não veem retornos sobre seus investimentos no desenvolvimento em metade do seu capital humano.
“Estes países têm um conjunto de talentos educado, porém inexplorado, e teriam muito a ganhar com uma maior participação das mulheres na força de trabalho”, afirma o texto.
No ranking geral de igualdade de gêneros, o Brasil ficou em 62º lugar entre 136 países, mesma posição do ano passado. A nota média do país nos quatro critérios analisados (poder político, participação econômica, acesso à educação e saúde) teve um leve aumento de 2012 para 2013, passando de 0,691 para 0,695.
Mas o que chama atenção é a colocação brasileira nos subíndices relacionados a mulher no mercado de trabalho, onde o país aparece como um dos mais desiguais do mundo.
No pior deles, o de igualdade salarial entre homens e mulheres, o país ficou na 117ª colocação, entre os 136 países. Nos demais subíndices, o Brasil se saiu levemente melhor: em participação econômica, ficou em 74º, em participação na força do trabalho, 76º, e em renda estimada, 65º.
Fonte: Exame